O testemunho de vida da Irmã Adélia, religiosa que poderá se tornar a primeira santa pernambucana, inspira, a partir de agora, um novo projeto, a casa de acolhimento para famílias venezuelanas migrantes no Recife (PE). Inaugurada, nesta sexta-feira (17), na Vila Santa Luzia, no bairro da Torre, a residência foi cedida pelo Instituto das Religiosas da Instrução Cristã, por meio do Centro Social Dom João Costa, e recebeu o nome de Casa da Migrante Irmã Adélia.

Os trabalhos com as famílias migrantes são realizados em parceria com o Instituto das Religiosas da Instrução Cristã e o Serviço de Pastoral do Migrante do Nordeste (SPMNE). As ações contam com o apoio da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo e da Cáritas Brasileira.

Além do acolhimento das famílias no abrigo, a Rede de Misericórdia Sem Fronteiras, iniciativa criada para pensar estratégias e implementar ações de assistência social para esse público, também promove outros serviços. Para ajudá-los na interação social, mas também na geração de renda, são oferecidos um curso de língua portuguesa e oficinas de artesanato.

As crianças, por sua vez, são beneficiadas com aulas de música ministradas por educadores do Centro Social Dom João Costa, instituição que faz parte da Rede Damas Educacional. O espaço onde ocorrem as formações para os públicos adulto e infantil é vizinho à Casa da Migrante Irmã Adélia e também foi cedido pelo Instituto das Religiosas da Instrução Cristã, que também atende a comunidade local. A Irmã Luíza Silva, Religiosa da Instrução Cristã, será a responsável por acompanhar os trabalhos.

A superiora provincial das Religiosas da Instrução Cristã no Brasil, Irmã Cleonice Santos, destacou a semelhança entre as histórias que envolve Irmã Adélia com os índios em Cimbres, no município de Pesqueira (PE), e a etnia indígena Warao, migrante na capital pernambucana. “Hoje, nós temos a alegria de dizer que as nossas irmãs têm uma casa de acolhida, de aconchego humano. Que a Irmã Adélia interceda por cada migrante, por cada família que passar por aqui. Que Deus seja louvado por essa ação!”, afirmou.

A cerimônia de inauguração da Casa da Migrante Irmã Adélia foi concluída com a bênção dos cômodos da casa e o posicionamento da foto de Irmã Adélia na recepção do espaço. Além disso, na ocasião, crianças e adolescentes contemplados pelas oficinas de música, mostraram toda a habilidade instrumental adquirida nas formações em uma apresentação cultural.

Doações – As pessoas que desejarem contribuir com esse trabalho através de doações de alimentos não-perecíveis, materiais de higiene pessoal e de limpeza, além de utensílios domésticos e móveis podem entrar em contato pelo telefone (81) 98875-2040.